terça-feira, 3 de agosto de 2010

MEMÓRIAS DE INFÂNCIA DE THATY

Liberdade, assim se resume a minha infância...
Brinquei muito de boneca inclusive em baixo de árvores, pulei corda, pique esconde, sumia no meio das roças vizinhas com minhas amigas, tentava fazer as roupas das minhas bonecas, mas não dava muito certo, sempre ficavam com defeito, brincava com meus primos de fazendeira onde os bois eram búzios de lesmas, fazíamos paneladas, ou seja, tentávamos cozinhar sem nossas mães por perto.
Passava o dia na casa da minha avó e a noite dormia entre os meus pais quando eles deixavam... gostava mais da casa da avó, lá podia fazer o que quisesse, inclusive ficar o dia todo assistindo TV, desenhos animados...
Tinha um sonho de ter uma Barbie igual a que passava na televisão da minha avó, pois lá em casa não tinha TV. Então um dos meus tios maternos foi para São Paulo e me perguntou o que eu queria que ele trouxesse de lá, claro que pedi a ele a Barbie, lembro também que quando ele a trouxe eu não gostei muito, pois ela não fazia tudo o que mostrava na TV... foi então que minha mãe me explicou que aquilo não era real, depois que entendi isso gostei da boneca e há tenho até hoje, depois desta ganhei muitas outras que também estavam guardadas, mas minha sobrinha e minhas primas mais novas as destruíram.
Um dos fatos mais antigos de que me lembro é muito triste, foi quando o meu avô faleceu... acho que só tinha uns 3 ou 4 anos de idade.
Comecei a ir para a escola com 5 anos, pré-zinho como chamávamos, mas fiquei muito doente e tive que ir para São Paulo fazer tratamento, fiquei lá por um ano e não estudei nesse período. Morávamos com uma das minhas tias. Quando voltei já sabia escrever um pouquinho, pois os meus irmãos mais velhos já escolarizados me ensinavam em casa junto com minha mãe, a primeira palavra que reconheci acho que foi “GATO”. Quando fomos fazer minha matricula novamente, minha mãe pediu que me colocassem na 1ª serie, pois senão ficaria atrasada, sendo que não fiz a alfabetização e só o pré-zinho, mas aceitaram e eu comecei a 1ª serie com muitas dificuldades na primeira unidade, logo depois consegui me recuperar e não tive que fazer nem a recuperação final.
Lembro-me da minha mãe gritando o irmão do meio Joaci para ele ir tomar banho para ir para a aula, ele só queria matar passarinhos e não se importava com a escola...
No período da 2º a 4ª series tive que ir para a escola em Barra do Mendes, pois meus irmãos já estavam no segundo grau e este só tinha na cidade, o 1º ano do segundo grau meu irmão Valter fez indo de bicicleta para Barra do Mendes todos os dias, uns 12 km. Foi aí que minha família viu o interesse dele em estudar e assim nos mudamos sem o meu pai que não se separou da minha mãe.
Logo que eles tiveram a oportunidade de voltar para S. Tomé, nós voltamos. Eu já estava na 5ª serie e estudei lá até a 8ª.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Relatório de entrevistas como requisito avaliativo da disciplina Gênero e Diversidade.

No dia três de fevereiro foram feitas entrevistas com cinco pessoas envolvendo questões de gênero, relacionadas a vida da mulher contemporânea e sua historia, aos homossexuais e outros. A faixa etária dos entrevistados é entre 20 e 30 anos, estes foram entrevistados nas suas próprias casas e no trabalho.
As entrevistas foram realizadas nas mediações da rua José Alves de Andrade, bairro Centro, e no Hospital São Paulo, rua Mato Grosso, bairro Fórum Irecê/BA.
Abordamos primeiramente nos apresentando como alunos da UNEB, logo após explicando a razão do nosso interesse pela entrevista e o motivo pelo qual precisávamos da compreensão dos entrevistados para a pesquisa, sendo esta apenas de 10 questões com gravação. Quase todos os abordados se intimidaram com a presença da câmera, afirmaram que responderiam as perguntas, mas sem a filmagem, assim apenas cinco pessoas concordaram com o proposto. Uma das coisas que nos chamou a atenção foi à preocupação não só das mulheres, mas também dos homens com a aparência no momento da gravação. Um dos preocupados com a aparência foi o pedreiro, que só cedeu a entrevista depois de insistirmos muito.
Entrevistamos Camila Pimenta - tesoureira, Safira - recepcionista, Vanessa Pimenta – recepcionista, Francisco - pedreiro, e Alesildo - vendedor.
A formação escolar e religiosa de cada um influenciou fortemente nas respostas. Vimos com isso que cada um devido ao seu estilo ímpar de vida tem respostas um tanto exóticas para cada pergunta. Ao final o trabalho resultante foi bastante positivo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Filme “Meu Pé Esquerdo”

No dia 07/02/2010 a turma do 4º semestre de Pedagogia da UNEB - Campus XVI – Irecê/BA assistiu ao filme “Meu Pé Esquerdo”, com enfoque especial na inclusão de portadores de deficiência na sociedade em geral, pois estes têm o direito de viver normalmente como as demais pessoas, fazendo as mesmas coisas, indo aos mesmos locais; a diferença faz com que os portadores de deficiência tenha outras maneiras de se locomover, de falar, de agir e outros, mas estes conseguem fazer muitas coisas e até mais do que as pessoas ditas normais.
O filme traz a historia de Christy, um portador de deficiência que mal se comunicava com a família, e que não freqüentou a rede regular de ensino como é de direito do cidadão e dever do estado como manda o inciso III do artigo 208 da Constituição Federal de 1988.
- Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.
Christy só aprendeu a falar tardiamente e não freqüentou o ensino básico, ele aprendeu a se comunicar melhor numa clinica especial, onde uma medica se dedicou preferencialmente a ele. Desenvolvendo ainda mais as habilidades dele com o seu pé esquerdo, pé com o qual ele pintou vários quadros e com isso ficou conhecido como um grande pintor pela sociedade.
Enfim faltou para Christy a fase escolar, a sociabilidade da infância e muitas outras coisas que só conseguimos na escola. Esta é uma freqüente realidade que não podemos permitir na sociedade moderna.

Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso

Luckesi traz em seu livro “Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições” o processo de exclusão existente em nossas escolas. ele classifica essa pratica como ameaçadora, autoritária e seletiva, sendo o ato de avaliar a aprendizagem, um ato amoroso.
A atual pratica escolar é chamada de avaliação, mas ainda é predominante o uso de provas e exames com o intuito de verificar a quantidade de conteúdo apreendido pelo aluno, essa pratica é seletiva, pois exclui uma parte dos alunos e admite outros como aceitos, sem um conhecimento maior do como e porque o aluno não compreendeu o conteúdo.
Luckesi traz essa pratica como herança da sociedade burguesa, que era excludente até com os seus membros, e não se encaixava num modelo amoroso.
o período de 1930 a 1945 ficou conhecido como “tyleriano” onde Ralph Tyler denominou a avaliação da aprendizagem, como sendo a avaliação um modo eficiente de fazer o ensino; apesar que outras pessoas seguiram na mesma linha a pratica escolar de acompanhamento do processo de construção do educando, este continuou o mesmo. Nesta perspectiva professores e alunos são inimigos, onde deveriam caminhar juntos como aliados na construção da aprendizagem.
A maior dificuldade da pratica avaliativa é a mudança, pois esta é amorosa e a sociedade na qual esta inserida não é amorosa. Então como avaliar o aluno na sala de aula com a perspectiva amorosa, se mais tarde este se deparará com a seleção excludente dos concursos públicos e vestibulares? Provas e exames implicam julgamento, consequentemente exclusão, a avaliação pressupõe acolhimento, tendo em vista a transformação.
A avaliação questiona a sociedade burguesa, por isso é mais difícil realiza – lá na integralidade do seu conceito. Os julgamentos nessa pratica aparecem, mas para dar curso a vida (à ação) e não para excluí-la, para dar suporte de mudança, de transformação se necessário. A avaliação da aprendizagem auxilia o educando no seu crescimento, na sua integração consigo mesmo, na apropriação dos conteúdos significativos e ainda responde a uma necessidade social.
Para fazermos a avaliação da aprendizagem precisamos estar atentos a alguns cuidados com os instrumentos utilizados para operacio ná-la: o modo de aprender de cada um, aprendizagem, a capacidade de raciocinar, de poetizar, de criar historias, o modo de entender e de viver. Compatibilizar as habilidades – motoras, mentais e imaginativas.
Quanto à correção e devolução dos trabalhos é interessante que ao corrigir não utilize cores chamativas como o vermelho, dê preferência ao lápis que não borra o trabalho do aluno, e devolva-o pessoalmente, auxiliando o educando a se auto compreender.

Atividade para a 2ª série do ensino fundamental

1- Identifique quais são as frutas e quais são as verduras a seguir:
a) Beterraba________
b) Tomate__________
c) Uva_____________
d) Ceriguela________
e) Berinjela_________
f) Jaca____________

2- Complete o pensamento da mamãe:
Comer ________ e _________ faz _______ para nossa ________ porque ajuda no desenvolvimento e ________________ da criança.

3- Minha Tia comprou 1 abóbora, 2 melancias, 3 melões, 4 jacas, 10 mangas, 5 chuchus e 2 pimentões. Ela comprou mais verduras ou mais frutas?

4- O grande aumento de preços dos alimentos se deu em virtude das condições climáticas. Analise e cite 2 das condições climáticas que podem ter causado esse aumento:

5- Na região nordeste do Brasil vários agricultores perderam suas lavouras. Com base nessa afirmação, generalize o que acontecerá com as famílias destes agricultores:


Reflexão da atividade:
Esta atividade foi feita com base no livro “Prova, um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas”, de Vasco Pedro Moretto 6ª edição, capitulo 10.
Moretto traz cinco aspectos importantes a serem analisados e que estruturam uma prova, são eles: Reconhecimento – onde o aluno identifica objetos, relacionam fatos, cores, gostos e outros. Enfim reconhece as propriedades fundamentais dos objetos de conhecimento como na questão 1. Compreensão - neste ele traz a lógica do pensamento relacionando que este objeto servirá para aquela situação, como na questão 2. Aplicação – este aspecto fala da realização de formulas, estrutura e conceitos em situações problemas, como na questão 3. Analise – neste a função é simplificar o “todo” para a compreensão das “partes”, sendo o todo a chave da questão, como na questão 4. Síntese – funciona como o inverso da analise, generaliza-se as “partes” para a compreensão de um “todo”, como na questão 5.